Chilenos foram às ruas de Santiago no domingo (14.dez.2025) para celebrar a vitória de José Antonio Kast (Partido Republicano, direita) à Presidência do país. Kast foi eleito com 58,2% dos votos, derrotando a atual ministra do Trabalho, Jeannette Jara (Partido Comunista).
A partir de 11 de março de 2026, quando Kast toma posse, serão 6 países governados pela esquerda e 6 pela direita na América do Sul.
Veja vídeos da celebração nas ruas:
Em seu 1º pronunciamento após a vitória, Kast agradeceu aos eleitores pelos votos que ganhou do 1º para o 2º turno da eleição. Antes, ele havia obtido 23,9% dos votos, contra 26,8% de Jara. Os resultados de domingo (14.dez) mostram que a rejeição dos candidatos ganhou protagonismo e que a direita se uniu em torno de Kast.
“Quando as normas são cumpridas, o Estado tem de cumprir, e é preciso ser muito claro. Vamos restabelecer a lei, o respeito à lei em todas as regiões, sem privilégios políticos, administrativos nem judiciais. Os chilenos estão esperançosos com o que vamos fazer, por isso digo: ‘Obrigado, muito obrigado aos que se somaram no 2º turno, obrigado a quem votou em outras candidaturas e hoje, livremente, escolheu este caminho de mudança’”, declarou o opositor ao governo do atual presidente, Gabriel Boric (Frente Ampla, esquerda).
Kast recebeu os parabéns de líderes da direita e dos presidentes latino-americanos.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o Brasil seguirá “trabalhando com o novo governo chileno em favor do fortalecimento das excelentes relações bilaterais, dos sólidos laços econômicos que unem Brasil e Chile, pela integração regional e a manutenção da América do Sul como zona de paz”.
Em seu programa de governo, Kast defende o combate ao crime organizado e o controle da migração para aumentar a segurança. As medidas incluem fechar as fronteiras para imigrantes sem documentação, criminalizar a imigração irregular, construir muros e expandir prisões –propostas que ecoam políticas adotadas por governos de direita como o de Donald Trump (Partido Republicano), nos Estados Unidos, e Nayib Bukele (Novas Ideias, direita), em El Salvador.


