Os ETFs de Bitcoin e Ethereum enfrentaram uma pressão intensa nesta segunda-feira, quando registraram saídas líquidas que somaram US$ 582 milhões. Essa retirada marcou o maior recuo institucional das últimas duas semanas. O movimento ocorreu enquanto investidores reduziram risco diante da instabilidade nas ações americanas.
Os dados mostram que os ETFs de Bitcoin sofreram o impacto mais forte. Eles perderam US$ 357,6 milhões em um único dia, segundo dados do setor. As vendas atingiram fundos da Fidelity, Ark e Bitwise, enquanto o ETF da BlackRock permaneceu estável.
Ao mesmo tempo, os ETFs de Ethereum registraram quase US$ 225 milhões em resgates, sinalizando que o ajuste não foi isolado. O setor inteiro respondeu ao ambiente macroeconômico mais tenso.
Apesar dos preços estáveis no mercado cripto, o fluxo dos ETFs mostrou outra realidade. Assim, os investidores preferiram cortar exposição usando esses instrumentos. Eles são rápidos, líquidos e refletem a visão institucional sobre risco.
Especialistas explicaram que o Bitcoin tem reagido como um derivado do setor tecnológico recentemente. Assim, quando o Nasdaq sofre correções, o Bitcoin costuma cair com ainda mais intensidade.
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Farzam Ehsani, CEO da VALR, afirmou que essa dinâmica empurra os ETFs para acompanhar a redução de risco no mercado de ações. Ele destacou que o movimento não indica um problema específico nas criptomoedas. Em vez disso, mostra uma realocação ampla em resposta ao cenário econômico.
O executivo lembrou que o Bitcoin caiu nos últimos seis meses enquanto os índices americanos permaneceram estáveis. Ele classificou novembro como o pior mês do ano. Já dezembro, segundo ele, mantém um comportamento lateral, com pouca demanda consistente.
Os ETFs de Bitcoin mostram um saldo negativo em dezembro. Eles acumulam US$ 705 milhões em saídas, contra US$ 480 milhões em entradas no mesmo período. Assim, o saldo líquido ficou em cerca de US$ 225 milhões negativos no mês.
Os ETFs de Ethereum apresentam um quadro mais equilibrado. Eles receberam US$ 411 milhões, mas perderam US$ 403 milhões, mantendo o setor praticamente estável.
A incerteza aumentou após a decisão do Federal Reserve em 10 de dezembro. O banco cortou juros, mas sinalizou uma possível pausa no ciclo de afrouxamento. Assim, o mercado passou a lidar com mensagens divididas dentro do FOMC.
Ehsani afirmou que o cenário ficou ainda mais complexo. Ele citou o avanço dos rendimentos dos títulos de dez anos, que chegaram a 4,2%, e a pressão sobre ações de tecnologia. Ele destacou também o temor de superaquecimento no setor de IA.
Mesmo com esse pano de fundo, ele disse que o longo prazo do Bitcoin segue moderadamente otimista. Ele destacou que a liquidez global está crescendo e que a pressão dos vendedores de longo prazo está quase esgotada.
Por fim, ele afirmou que a base institucional permanece sólida. Assim, ele acredita que esses fundamentos podem sustentar uma recuperação gradual e, possivelmente, uma saída do mercado lateral atual.
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