A Venezuela acusou nesta 3ª feira (23.dez.2025) os Estados Unidos de praticarem “extorsão” e pressionando economicamente o país. A declaração se deu em reunião do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas).
“Estamos diante de uma potência que atua à margem do direito internacional, exigindo que nós venezuelanos abandonemos nosso país e o entreguemos. Trata-se da maior extorsão de que se tem notícia em nossa história”, disse Samuel Moncada, embaixador da Venezuela na ONU.
Segundo o diplomata, as ações dos EUA, incluindo sanções econômicas, interceptações de navios petroleiros e a presença militar no Mar do Caribe, configuram uma tentativa de forçar mudanças políticas em Caracas.
A reunião de emergência no Conselho de Segurança foi solicitada pela própria Venezuela, com o apoio da Rússia e da China, que criticaram a postura de Washington e defenderam o respeito à soberania do país caribenho.
Representantes de Moscou qualificaram a pressão norte-americana como “violação do direito internacional”, enquanto a diplomacia chinesa também condenou medidas que, segundo Pequim, afrontam normas internacionais.
A ofensiva diplomática de Caracas ocorre em paralelo a uma fase de maior pressão dos EUA sobre o regime de Nicolás Maduro.
Na 3ª feira (16.dez.2025), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), ordenou um bloqueio total a petroleiros sancionados que entrassem e saíssem da Venezuela. Em uma publicação na plataforma Truth Social, o republicano disse que os venezuelanos roubam petróleo e terras dos norte-americanos.
A 1ª operação do tipo foi no dia 10 de dezembro, quando os norte-americanos apreenderam um grande petroleiro chamado Skipper, que estava sob sanções por suas ligações com o Irã.

