Do Iguatemi ao Cidade Jardim, especialistas em consumo de luxo apontam à Bloomberg Línea produtos que estão entre os mais cobiçados de marcas globais na capitalDo Iguatemi ao Cidade Jardim, especialistas em consumo de luxo apontam à Bloomberg Línea produtos que estão entre os mais cobiçados de marcas globais na capital

Natal do luxo: presentes entre os mais desejados nos shoppings da alta renda de SP

2025/12/24 16:30

No Natal da Faria Lima, shoppings como o Iguatemi, o JK Iguatemi e o Cidade Jardim oferecem presentes que podem custar mais que um apartamento para a classe média: relógios suíços acima de R$ 500 mil, bolsas Hermès Birkin que ultrapassam R$ 300 mil e experiências personalizadas — de jantares com chefs estrelados a viagens exóticas a dezenas de milhares de reais.

Nas últimas semanas, a Bloomberg Línea visitou boutiques e ouviu consumidores, vendedores e especialistas para mapear tendências.

O público-alvo das grifes soma estimadas 433 mil pessoas com patrimônio líquido superior a US$ 1 milhão no Brasil, o maior contingente da América Latina, à frente do México (399 mil), segundo o UBS Global Wealth Report 2025.

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O mercado do luxo divide-se em seis segmentos, segundo classificação consolidada por consultorias especializadas (Bain & Company, Deloitte, McKinsey): bens pessoais (moda, joalheria, relógios e beleza), vinhos e destilados, experiências (gastronomia, hospitalidade e viagens), arte e colecionáveis, veículos (automóveis, náutica e aviação executiva) e imóveis.

No Shopping Cidade Jardim, ativo-chave da JHSF (JHSF3) no segmento de luxo, o térreo reúne cerca de 30 das marcas mais exclusivas do mercado ao longo de corredores com vegetação tropical e átrio central,com assinatura do arquiteto Arthur Casas.

O mix inclui maisons de moda de alta-costura - haute couture - (Louis Vuitton, Prada, Dior, Gucci, Valentino), joalherias (Cartier, Tiffany, Bulgari, Van Cleef & Arpels) e relojoarias (Omega, Tag Heuer, Rolex).

Investimentos recentes sinalizam a aposta das marcas no mercado brasileiro: a loja de Giorgio Armani reabriu em novembro após cinco meses de reforma.

A loja Alexandre Birman, marca para o público de alta renda da Azzas 2154 (AZZA3), foi realocada, deixou o segundo piso e retornou ao térreo no último dia 14, para “dividir” espaço com maisons globais. A mudança visa “reforçar a presença em um ponto de maior prestígio e visibilidade”, segundo a assessoria.

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Recentemente, a grife — que leva o nome do CEO da companhia — inaugurou unidades no VillageMall, no Rio de Janeiro, e no Iguatemi Porto Alegre.

Painéis anunciam a chegada de grifes de luxo à área mais nobre do Shopping Cidade Jardim: a parisiense Alaïa, controlada pelo grupo Richemont, de marcas como Cartier e Van Cleef & Arpels, deve abrir em maio de 2026 sua primeira boutique na América Latina, oferecendo coleções de moda feminina e acessórios.

Tapumes no piso térreo do Shopping Cidade Jardim anunciam futuras aberturas de lojas das grifes Alaïa e Chanel, ambas previstas para 2026

No mesmo ano, o shopping deve celebrar o retorno da Chanel com uma flagship de 1.200 m², ocupando um espaço muito superior à loja de 330 m² que a marca operou no complexo até seu fechamento em julho de 2018.

A expansão da Rolex também é aguardada para o próximo ano, conforme indicado pela parede temporária de construção com a mensagem em inglês “Coming Soon Rolex”. A grife já tem presença no local por meio do espaço da Corsage, um distribuidor oficial.

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Para ilustrar esse fenômeno de consumo, personal shoppers ouvidos pela Bloomberg Línea nos três principais shoppings centers de luxo da capital paulista revelaram alguns dos produtos que mais despertam a atenção da clientela de marcas que estão no topo da pirâmide do luxo no Brasil.

Relógio da Breitling de R$ 360 mil

A Breitling, famosa por coroas com relevo característico e diâmetros generosos, tem filial brasileira no shopping Cidade Jardim. O Modelo Navitimer Automatic 35 é um dos mais icônicos da marca suíça

Fundada em 1884 na Suíça, a marca tornou-se referência em relógios para aviação a partir dos anos 1930. A estética aeronáutica e militar é um dos seus principais códigos.

Na boutique do shopping Cidade Jardim, o icônico modelo Navitimer, lançado em 1952, é um dos mais admirados e chega a custar mais de R$ 360 mil.

Aço, ouro vermelho de 18K e madrepérola branca com diamantes compõem o Navitimer Automatic 35.

Nos últimos anos, a Breitling se reposicionou como marca para fãs de esportes. Neste ano, lançou uma coleção de relógios após fechar parceria com a NFL (National Football League).

Colar da Bvlgari de R$ 586 mil

Colar Serpenti da Bvlgari, em ouro rosa 18K cravejado com pavê de diamantes na cabeça e na cauda e olhos em ônix preto, uma das peças mais desejadas da marca italiana

A clássica linha Serpenti da Bvlgari, que se reinventa desde 1948, ainda está entre os best-sellers da marca italiana, fundada em 1884. O colar Serpenti de duas voltas em ouro rosa 18K, com acabamento em diamantes na cabeça e cauda e olhos em ônix, tem o preço de R$ 586 mil no Brasil.

Na flagship da Bvlgari no Cidade Jardim, além da boutique no JK Iguatemi, a Serpenti divide atenções com a linha Divas’s Dream, identificada pela forma de leque, um símbolo oriental, que faz sucesso com clientes orientais, segundo um representante da marca, embora a inspiração seja o mármore das Termas de Caracala, em Roma.

Pingente da Prada de R$ 8.800

Na onda da customização de bolsas de luxo, a Prada transformou seus pingentes na forma de urso e robôs em objetos de desejo

No mundo das bolsas, os bag charms, pingentes decorativos e lúdicos, se destacaram em uma onda impulsionada pela China com os bonecos Labubus.

Fashionistas ricos descobriram sua versão cult de acessório na Prada, de olho na demanda por customização pelas novas gerações. Em São Paulo, a grife de Milão tem lojas no Cidade Jardim, no Iguatemi e no JK Iguatemi.

Um dos charm bags mais caros é o Prada Soft Robot, de 15 cm, em veludo cotelê, que custa R$ 8.800. Na prática, o item serve para guardar pequenos objetos e vem com uma alça removível, o que permite usá-lo como micro-bolsa.

Mais acessível em valores (R$ 5.800), o Prada Teddy Bear Charm é menor (11 cm) e tem a forma de um urso branco.

Samba da Louis Vuitton de R$ 6.900

Modelo Samba da Louis Vuitton: preços que superam a casa de R$ 6.000

Após o Adidas Samba se tornar um fenômeno de vendas, consolidando a estética Balletcore, inspirada no balé clássico, a Louis Vuitton elevou o conceito ao patamar da alta-costura com o LV Sneakerina.

O modelo funde o design de uma sapatilha à estrutura de um sneaker de luxo, trazendo o solado técnico de um tênis moderno.

No Brasil, o calçado, produzido em cetim e couro de cordeiro, é vendido com preços que variam de R$ 6.900 a R$ 7.750 (versão em animal print de leopardo, em couro de vitelo com pelos). Na capital, há boutiques da LV no Cidade Jardim, no Iguatemi e no Shops Jardins, além do e-commerce.

Mochila da Rimowa de R$ 15.050

Mochila de alumínio da Rimowa: preço no Brasil de R$ 15.050

Adquirida há nove anos pelo grupo LVMH Moët Hennessy Louis Vuitton, a alemã Rimowa aposta em um novo modelo de mochila de alta resistência, de olho no viajante urbano.

Conhecida por suas malas de alumínio com ranhuras, um símbolo de status no mercado de viagens, a marca apresentou em setembro a Rimowa Original Backpack.

Projetada e fabricada em Colônia, na Alemanha, a novidade chega ao mercado brasileiro por R$ 15.050. Em São Paulo, as lojas da Rimowa estão nos shoppings Iguatemi e JK Iguatemi, além do ponto na rua do Hotel Fasano, nos Jardins.

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